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Neto de retirantes nordestinos, nascido e criado no Morro do Pinto, região central do RJ, Raphael Pippa começou a tocar violão e compor poemas e canções aos 13 anos de idade. Fundou e participou de diversas bandas na adolescência e mais tarde mergulhou em diversas manifestações afro-brasileiras pelas ruas da metrópole. Em 2012 foi autor do samba que marcou a volta às ruas do centenário Bloco carnavalesco “Fala Meu Louro”. O acontecimento que mobilizou toda a região inspirou a escrita da monografia "A cultura musical da Zona Portuária nos embalos do G.R.E.S. Fala Meu Louro" para o curso de Comunicação Social/Jornalismo, que cursou na PUC-Rio como bolsista do Pro-Uni. Com os embates raciais e sociais vivenciados na graduação, Pippa despertou para a luta antirracista e incorporou essas experiências nas suas músicas. Há 8 anos é integrante do Grupo de Teatro do Oprimido Cor do Brasil, que discute em cena o racismo e a estrutura social que perpetua o genocídio da população negra. Durante dois anos administrou ao lado da cantora e atriz Tathiana Loyola a Casa Cultural Cantaluar, em Santa Teresa, onde promoveram saraus, mesas de debate, oficinas e cursos artísticos. 

 

Como compositor, seu primeiro trabalho solo lançado foi o EP “Tombo de Coragem”, em 2017. O show homônimo homenageou sua avó violonista Teresa Gouveia, paraibana vinda do Sertão de Cariri para o RJ nos anos 60. Uma entre muitas das mulheres sertanejas do século passado que tiveram a missão artística interrompida pelas dificuldades em manter-se na cidade, somada às barreiras do machismo que enfrentava em casa e na rua. O espetáculo musical e poético contou esse lindo retorno à ancestralidade regionalista de sua família. O Tombo de Coragem foi apresentado em alguns espaços da cidade do Rio de Janeiro como Teatro Ziembinsky, Teatro Maison de France e Parque das Ruínas. Pippa também participou do 9º Festival Anapolino de Música, em Goiás. Deste EP foram lançados dois videoclipes: "Baião da Descoberta", um brega-canção que fala de liberdade e autoaceitação e "Alcatraz", um jongo contemporâneo que atravessa as angústias de descobrir-se um pássaro em pleno voo, numa metáfora à formação da identidade na juventude até finalmente estar harmonicamente em bando, como numa roda de jongo. Os últimos lançamentos neste ano incluem dois vídeos ao vivo voz e violão e com as canções "Beijo de Iemanjá" e "Envelope Árduo" no seu canal do YouTube. Neste momento, Pippa acabou de lançar o single "Parapeito", uma canção de amor surgida durante a quarentena. O trabalho está em todas as plataformas digitais e tem também um videoclipe gravado em casa em parceria com os cineastas Victória Roque e Pedro Erthal, além do figurinista Andrey Alves da Boto Produções.

um pouco de história

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